Compor, nós professores sabemos bem o que é isso! Escolher uma música, escutá-la quinhentas vezes, escrever a métrica da música, montar a coreografia (posições de cada aluno, diagonais retas, intercalações), ensinar a coreografia, ensinar para quem faltou as aulas, alterar coreografia, limpar e enfim apresentar. Ufa!
George Balanchine |
Bem, composição coreográfica é um processo criativo, assim como pintar um quadro, escrever uma melodia, desenhar uma roupa... Ano passado estudei na matéria Teoria e História da Dança sobre Noverre, ele foi simplesmente um revolucionário da dança escrevendo 15 cartas (Noverre: Cartas sobre a Dança) que se transformaram em tratados da dança, em que ele decorria sobre esse tema e falava das atribuições do mestre de dança.
De tudo que discorri no primeiro parágrafo, Noverre ainda acrescentava a criação do figurino, cenário, conhecimentos anatômico, a composição da música e que os bailarinos não deveriam ser mera cópias, deveria haver vida naquela "obra prima". Uma coisa que acho engraçado, é que ainda tem pessoas que querem comparar nosso trabalho ao de outros professores (como se fosse possível).
Compor não é nada fácil, mas quando vejo meus alunos em palco (seja ele qual for) eu me sinto muito bem! Fico muito orgulhosa quando a platéia levanta e nos aplaude, é o dever cumprido! E o que mais me emociona é o olhar de diversão que fica no rosto dos bailarinos, pois por mais que eu fique nervosa durantes os ensaios quando eles estão em cena, não está mais em minhas mãos e tudo depende deles e a obra ganha vida e eu me torna espectadora.